terça-feira, 22 de março de 2011

A cegueira da evolução.



“Evolução
Você tá pronto pra isso? sim eu tô!
Evolua e viva, evolua ou morra
Torne-se forte ou espere que o inimigo te socorra...”

Uma vez ouvi dizer que o ser humano é o animal mais evoluído. Lembro claramente que naquela época, ou seja, no início de minha vida estudantil aquela notícia soou em meus ouvidos como uma bela sinfonia de Beethoven. Mas, tal evolução tem seu preço, e hoje já não consigo me deslumbrar tanto com tal evolução.
Afinal, que evolução é essa que destrói e que violenta vidas? O que é ser evoluído? Entendemos desde cedo que evoluir é ter a possibilidade de novas conquistas. No entanto, a cada notícia percebemos que tais conquistas estão longe de serem as mais bem quistas pela população que de fato se preocupa com o bem estar coletivo e que almeja, mesmo que seja possivelmente uma utopia, um dia poder debruçar-se em uma sociedade justa e igualitária.
Percebem caros leitores, de que evolução eu vos falo? A mídia tem colocado em evidência a todo instante, uma forma de evolução que a bem da verdade é a grande vilã dos mais recentes acontecimentos na famosa “Terra do sol nascente”.
Considerada uma das maiores potencias econômicas mundiais, o Japão com seus grandes “pensadores”, está sendo mais uma vítima, de uma força maior que a muito é desconsiderada pelos povos em geral. Mesmo aqueles mais “evoluídos”, esqueceram que a força da natureza é simplesmente devastadora. E deixa-la de lado é o grande erro das nossas evoluções.
Precisamos mudar hábitos, criar conceitos sustentáveis e coloca-los em prática, precisamos pensar que o futuro é algo que bate a nossa porta a todo minuto, e que não podemos nos desvincular de forças maiores que nos cercam. O mundo tem dado nítidos sinais de uma evolução destruidora, que desagrega, que segrega, que destrói, e que principalmente CEGA os olhos daqueles que evoluem à sombra de uma sociedade capitalista.
Nítidos também são os sinais de desgastes e corrosão social, causados por essa evolução que cada vez mais, aprofundam os abismos entre as classes e que colocam os seres humanos a mercê de sua própria sorte em torno das possibilidades e necessidades individuais e coletivas.
Pensemos não para finalizar essas reflexões, mas para buscarmos novas, que tipo de evolução queremos para o futuro que bate a nossa porta? De que forma, podemos evoluir sem destruir?
Por aqui vou encerando essas palavras, não por falta, mas por excessos (e nesse caso, o excesso não é algo ruim), excessos de discussões que a bem da verdade, demandariam não apenas um blog, mas um livro, e quanto a isso ainda tenho minhas reconhecidas limitações. Mas, quem sabe um dia chego lá! No entanto, Lutaremos sempre!